Aprendizagem Cooperativa nos encontros do Clube de Libras
Data de publicação: 3 de maio de 2021. Categoria: Aprendizagem CooperativaAutoria: Karen Clark e Hermany Vieira
Atualização: 7.setembro.2021
#PraCegoVer #PraTodosVerem – descrição: figura dos Pilares da Metodologia da Aprendizagem Cooperativa aplicados ao Clube de Libras UFC, incluindo os elementos: História de Vida, Interdependência Positiva, Responsabilidade Pessoal, Interação Promotora, Habilidades Sociais e Processamento de Grupo.
► trabalha-se uma meta comum, todos em prol de uma meta;
► é planejada para fornecer incentivos aos membros de um grupo a fim de que eles participem no esforço do grupo; e
► quanto mais positiva a atitude do participante para com o seu clube, maior é a probabilidade de permanecer e participar plenamente no aprendizado da Libras (paráfrase de JOHNSON, JOHNSON, SMITH; 2010).
Imagem: irmãos Roger e David Johnson
A Metodologia da Aprendizagem Cooperativa foi elaborada por dois irmãos norte-americanos: David e Roger Johnson. Ambos, quando crianças, trabalhavam na fazenda da família, e desde cedo sentiram a praticidade da atuação coletiva cooperativa em prol de uma meta.
Imagem: Manoel Andrade Neto
No Brasil, a adotar esta metodologia no Ceará, o cearense Manoel Andrade Neto elaborou uma ‘perspectiva’, a ‘História de Vida’, a qual se alinha com os pilares que a teoria original dos irmãos Johnson propõe.
A seguir, são demonstrados os pilares da Metodologia Aprendizagem Cooperativa, em conjunto com a perspectiva ‘História de Vida’, com suas respectivas aplicações nos encontros do Projeto Clube de Libras UFC.
► Baseia-se na importância de um conhecimento mútuo entre os participantes, a fim de que as interações fluam melhor, e que haja sempre um sentimento de respeito e solidariedade entre todos. Por isso, no início de cada Clube, cada participante tem um momento para a apresentação pessoal.
► Muito eficaz pra gerar empatia entre os participantes. Conhecer o(a) outro(a) toca o senso de humanidade de todos – um lembrete que cada um(a) tem sua história.
► Quando o clube é presencial, os participantes são divididos
em trios nos quais compartilham seus nomes e um pouco da história pessoal em 3 minutos. Aí, cada um(a) vai apresentar, para todos do clube, um(a) dos participantes do trio, e assim todos serão apresentados por alguém. O tempo é regulado para todas as apresentações.
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► Em várias situações, a interdependência positiva (cooperação) provou ser mais útil para o aprendizado do que a interdependência negativa (competição) e a neutra (individualismo), conforme literatura pesquisada por Wheelan (2005) a respeito dos estudos de Franz Kafka e dos irmãos Johnson da Aprendizagem Cooperativa.
► A ênfase centraliza-se no compartilhamento das experiências de aprendizado. Os participantes avançam nos conhecimentos obtidos oferecendo ajuda aos colegas, e também a pedindo, quando for o caso. Desta forma, o aprendizado próprio será positivamente impactado com os conhecimentos e aprendizados do grupo.
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► Cada participante deve ter um senso de autorresponsabilidade com o próprio aprendizado, esforçando-se para:
» realizar as ATIVIDADES RECOMENDADAS;
» ser pontual e assíduo(a); e
» ter foco durante os encontros.
► Esta responsabilidade individual significa também um compromisso em prol do grupo, da meta compartilhada referente ao aprendizado da Língua Brasileira de Sinais.
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► O ambiente acolhedor e incentivador proporcionado pela Aprendizagem Cooperativa contribui para que os participantes tenham empatia, colaborem mutuamente entre si, saibam pedir ajuda, aprendam a resolver conflitos, busquem o consenso, respeitem os demais nas tentativas e erros deles, dentre outras importantes habilidades sociais.
► Neste contexto respeitoso e harmônico, os participantes não devem temer os erros, e a exposição pessoal para as trocas de aprendizagem é encorajada e aprimorada, tanto pelo(a) líder do clube como pelos participantes conjuntamente.
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O contato ‘face a face’, digital ou presencial, entre líder e participantes e entre participantes entre si primará pela boa convivência, com feedbacks construtivos, elogios e palavras de incentivo para o aprendizado – cada um(a) aprendendo a valorizar o trabalho do outro. As sugestões são emitidas com base, com critérios.
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► Refere-se à autoavaliação e à avaliação das ações do grupo, analisando também o envolvimento pessoal e do grupo.
► Dependendo da quantidade de encontros do clube, o Processamento de Grupo será realizado duas ou três vezes, considerando-se os quatro/cinco encontros últimos anteriores. O(A) Líder cria uma ‘Atividade’ no Google Classroom do clube, e no Mural desta ‘Atividade’ os participantes vão registrar suas opiniões.
► O que será compartilhado deve se guiar pelas seguintes categorias:
– QUE BOM (do que foi planejado fazer, o que deu certo?);
– QUE PENA (o que não deu certo? Horário, conteúdo, tempo de trabalho etc.); e
– QUE TAL (o que e como devemos mudar) é uma forma simplificada de avaliação.
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS
► 1) LEITURA RECOMENDADA: A Aprendizagem Cooperativa retorna às Faculdades (neste link).
► 2) VÍDEO EXPLICATIVO:
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REFERÊNCIAS
BROCK PRIZE. David W. & Roger T. Johnson. 2007 Laureates. Disponível em: <https://brockprize.org/laureate/david-w-roger-t-johnson/>. Acesso em: 01 set. 2021.
CLUBE DE LIBRAS UFC. O projeto. Disponível em: <www.clubedelibras.ufc.br/projeto>. Acesso em: 01 set. 2021.
JOHNSON, David W.; JOHNSON, Roger T.; SMITH, Karl A. Cooperative Learning returns to college: what evidence is there that it works? Change: The Magazine of Higher Learning, p. 26-35, 25 mar. 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/00091389809602629>. Acesso em: 01 set. 2021.
STANDFORD. Manoel Andrade Neto. Lemann Center. Disponível em: <https://lemanncenter.stanford.edu/people/manoel-andrade-neto>. Acesso em: 01 set. 2021.
VIEIRA, Hermany Rosa. As contribuições da aprendizagem cooperativa para a formação humana e acadêmica dos estudantes de graduação da Universidade Federal do Ceará. 2019. 206f. Tese (Doutorado), Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação, Fortaleza(CE), 2019. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45838>. Acesso em: 01 set. 2021.
WHEELAN, Susan A. The handbook of group research and practice. 1ª edição. California: SAGE Publications, 2005, p. 445. Disponível em:<https://books.google.com.br/books?id=Uh51AwAAQBAJ&dq=kafka+cooperation+individualism&hl=pt-BR&lr=>. Acesso em: 17 mai. 2022.
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